quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Carta do Grande Chefe Seatle

Em 1855, o Grande Chefe Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz mais de um século e meio. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade. Suas palavras inspiraram e ainda inspiram todos aqueles que como nós amam a terra e seus filhos. 

A carta:


"O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também da sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade. Nós vamos pensar na sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará a nossa terra. O grande chefe de Washington pode acreditar no que o chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem.


Como se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal ideia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como pode então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre as coisas do nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença do meu povo.
Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual ao outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de exauri-la ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende.


Não se pode encontrar paz nas cidades do homem branco. Nem lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o zunir das asas dos insetos. Talvez por ser um selvagem que nada entende, o barulho das cidades é terrível para os meus ouvidos. E que espécie de vida é aquela em que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo à noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d'água e o próprio cheiro do vento, purificado pela chuva do meio-dia e com aroma de pinho. O ar é precioso para o homem vermelho, porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar, animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo, ele é insensível ao mau cheiro.
Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso que um bisão, que nós, peles vermelhas matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra.


Os nossos filhos viram os pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio e envenenam seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias. Eles não são muitos. Mais algumas horas ou até mesmo alguns invernos e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nestas terras ou que tem vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.
De uma coisa sabemos, que o homem branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra. Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; o fim da vida e o começo pela luta pela sobrevivência.


Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se soubéssemos quais as esperanças transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais visões do futuro oferecem para que possam ser formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem ocultos temos que escolher o nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias como desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum."


segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Aquecimento Global - Quem Será o Vilão Nesta História ?



   Folheando uma National Geographic, eis que encontro uma reportagem, onde constatava-se que não é somente a fumaça de carros que afetam o nosso meio ambiente, provocando o então aquecimento global, mas sim a nossa fome. 
  Como assim? Pois é, a agricultura esta hoje entre os maiores responsáveis pelo aquecimento global, pois lança na atmosfera uma quantidade elevada de gases, que estão associados ao efeito estufa. Estes gases são eles: o gás metano que é produzido pela digestão do gado e encontrado em plantações de arroz, o óxido nitroso, que vem dos campos cultivados e o dióxido de carbono que vem dos desmatamentos que estão ocorrendo no Mato Grosso e Amazônia, que servem para abrir novas plantações, para pastagem do gado e a retirada ilegal de árvores para o comércio clandestino, como quase sempre assistimos nos noticiários nas emissoras de TV.
  O setor agrícola hoje é o maior vilão, pois é ele o nosso maior usuário de suprimentos naturais como a água doce, que vem sendo poluída na medida em que a drenagem é feita, onde está a mescla de fertilizantes com o excremento, perturbando assim rios e lagos do sistema litorâneo de todo mundo.

  Outro fator que  a atividade agrícola esta afetando, é a biodiversidade, pois com a necessidade do avanço da agricultura, estão sendo afetados campos e florestas como já havia dito para pastagens, plantações, ocorrendo a destruição do habitat de plantas e animais silvestres.
  Foi feita uma pesquisa e até meados do século, teremos nove bilhões de pessoas, esta pesquisa não quis ficar apenas baseada no crescimento demográfico, mas que ela esta afetando bruscamente o planeta, sim e já é visível. A China e Índia, estão reduzindo a pobreza, e por isto estão demandando mais ovos, carne e laticínios. Também houve o aumento da produção de soja e milho que servem para a alimentação de rebanhos de vacas e alimento para as galinhas.
  Até 2050 terão que ser redobrados a quantidade de alimento na terra. A tentativa de achar a melhor maneira para enfrentar tal desafio tornou-se polarizado, de uma lado a agricultura convencional do outro o agronegócio global e também há aqueles agricultores que dedicam-se ao cultivo local e orgânico.
  Analisando o fato em geral, não há certo nem errado, o ideal seria que pudéssemos explorar as boas idéias, e quem sabe assim dirimir o retorno negativo que os métodos agrícolas vem causando ao nosso meio ambiente.

  O que pude observar, e que me deixa muito pensativa, é que o ser humano em sua ganância, esquece que os recursos existem, mas  a escassez é certa. Porque não podemos reinventar os mares, e muito menos as espécies. Claro a ciência consegue clonar animais, mas não são a mesma coisa. O que não percebem, é que estamos a caminho da extinção, mas é apenas meu pensamento. Lamento pelos animais e plantas que sofrem, para que um bando de egoístas possam sobreviver, e nem sequer agradecem pela sombra das árvores e muito menos pela carne em suas mesas, lamentável!

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

A consciência de bem estar animal, esta tomando um bom rumo


Esta publicação foi do Jornal do Comércio, onde na cidade de São Sebastião do Caí, interior do Rio Grande do Sul - Brasil, o Ministério Público estabeleceu que o município terá que ter um centro para o tratamento de animais abandonados. Como adorei a notícia, divido com vocês. Um grande abraço, e leiam a notícia, vale a pena!
Abraços.


Município tem obrigação de resolver situação de animais abandonados

Declaração Universal dos Direitos dos Animais diz que abandono é cruel e degradante

JOÃO MATTOS/JC


São Sebastião do Caí deverá construir centro para acolher bichos que não têm um lar
São Sebastião do Caí deverá construir centro para acolher bichos que não têm um lar
A tutela da saúde e do meio ambiente está no âmbito de competência do município, na forma dos artigos 23, inciso II e VI; e 30, inciso I, da Constituição da República. Assim, se o ente se omite, o Poder Judiciário pode estabelecer medidas que levem ao cumprimento dos seus deveres. O entendimento levou a 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul a manter, no mérito, sentença que determinou ao município de São Sebastião do Caí construir um centro para acolher e tratar animais abandonados.
Após ser condenada na Ação Civil Pública movida pelo Mistério Público, a administração alegou, na apelação em reexame necessário, que não tem como cumprir a obrigação diante da falta de projeto técnico e de dotação orçamentária. Ainda teme que a decisão judicial acabará por retirar ou reduzir a verba destinada à saúde da população.
A relatora do recurso, desembargadora Lúcia de Fátima Cerveira, ponderou que o direito à saúde e ao meio ambiente equilibrado implica no reconhecimento de deveres por parte do Poder Público, que deve adotar políticas e práticas públicas voltadas à promoção destes direitos fundamentais. “O argumento defensivo pautado na reserva do possível, ou seja, nas limitações de ordem orçamentária para a implementação de determinadas políticas públicas, não é absoluto no caso em tela”, disse no acórdão.
Ela lembrou que, no plano internacional, o Brasil é signatário da Declaração Universal dos Direitos dos Animais, proclamada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em janeiro de 1978. O documento diz, em seu artigo 6º, letra b, que o abandono de um animal é ato cruel e degradante. No âmbito interno, a Constituição (artigo 225, parágrafo 1º, inciso VII) diz que o Poder Público tem o dever de proteger a fauna e a flora, “sendo vedadas as práticas que provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade”.
Mantido o mérito da sentença, a relatora deu provimento ao recurso para estender de 60 para 150 dias o prazo para elaboração dos programas e projetos definidos em sentença. Além disso, a dotação de valores específicos para a implementação e manutenção dos projetos deve ser incluída na Lei Orçamentária Anual de 2015 no mesmo prazo.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Tigres - De 100 mil para Apenas 3,2 mil em Menos de um Século!




Tigre Siberiano, o Imperador entre os tigres.


Segundo o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), existem apenas 3,2 mil tigres livres no mundo todo, Um século atrás esse número era em torno de 100 mil. Se isso continuar, a WWF afirma que os tigres podem ser extintos, por causa da falta de políticas de conservação.






Outro tigre siberiano, agora na cor branca.
Uma rara e magnífica coloração!

Os felinos são mortos, muitas vezes por causa de sua pele, e também são usados partes de seu corpo para fabricação de remédios que estão na medicina popular da Ásia.




Tigre dourado – um tigre com uma variação de cor extremamente rara, causada pela ação
de um gene recessivo que atualmente é encontrado apenas em tigres em cativeiro.
Assim como o tigre branco, o tigre dourado se trata de uma variação de cor 

e não de uma espécie diferente.


O WWF considera que ainda é possível salvar o animal, já que o Grande Mekong conta com numerosas zonas protegidas para tigres, uma área acumulada de 540 mil quilômetros quadrados, superior ao tamanho da França.

Dentre todos os grandes felinos, o tigre é o que mais aprecia a água.

“Esta região tem um potencial enorme para aumentar o número de tigres, mas isso só vai acontecer se houver uma coordenação de esforços entre os países, algo que não foi feito até agora, para proteger os tigres e seu habitat”, destacou Cox.

Para reverter isso tudo, a WWF quer duplicar o número de tigres livres até 2022.

Fonte: Climatologia Geográfica 



terça-feira, 12 de agosto de 2014

Adoção!

Pessoal, esta é a nossa colaboração com nossos amiguinhos de quatro patas. Este baby esta para doação, e encontra-se na rua, e sempre haverá alguém precisando de um grande amigo. Espero que ele encontre alguém, que queira ser amado e  possa amá-lo muito, agradecida !


# PORTO ALEGRE / RS # DE QUEM É ESSE LINDÃO???? #
Contato: Dayene, (51) 8112-5612
## Também precisa de lar temporário, pois está na rua!!!!!! ##
É dócil, meigo e muito querido. ‪#‎AjudaCompartilhando‬!!!!!!!!!!!
Dayene Ribeiro adicionou 2 novas fotos.
r, me ajudem a encontrar um lugar onde ele possa ficar! Não sei até que horas deixarão ele aqui na frente, pedi para me avisarem antes de tirar. Por favor me ajudem! Meu cel 51 8112-5612! Me ajudem a com

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Os Animais mais Raros do Mundo


Olá pessoal, achei essa informação tão impressionante quanto triste. Esta lista de lindos animais constata que cada vez menos eles estão entre nós. A fonte consultada é um blog cujo link está no fim deste texto, mas tomei a liberdade de acrescentar algumas informações adicionais! Maravilhem-se com a beleza dessas espécies e troquem a tristeza pela mobilização. Vamos descobrir um meio de ajudar a evitar isso!

Leopardo-de-Amur




O Leopardo-de-Amur pode ser encontrado na região de Primorye, na Rússia, e é uma rara subespécie de leopardo. Um censo realizado em 2007 datou entre 16 e 20 adultos e 5 a 6 filhotes. Está criticamente ameaçado de extinção pela International Union for Conservation of Nature (IUCN). Possui pernas mais grossas e pelos mais densos que os outros leopardos. Provavelmente para sobreviver aos climas extremos da Sibéria. É a espécie mais setentrional de leopardos no mundo todo! 

Rinoceronte-de-Sumatra



O rinoceronte-de-Sumatra está em perigo de extinção, com uma população estimada em menos de 275 indivíduos. O risco de extinção está fortemente relacionado ao comércio ilegal de seus chifres. É o menores da espécie e sua extinção está sendo forjada pelo alto valor do seus chifre dentro da medicina chinesa.

Gorila



Esse primata vive nos bosques montanhosos das planícies do centro-oeste do continente africano.  Pesquisas desde a década de 1980 sugerem que a caça comercial e surtos do vírus Ebola, como o deste ano, estão por trás de números decadentes da espécie na África. A carne do gorila, bem como a de outros macacos, é consumida pelos habitantes da África central.

Rato Pigmeu Australiano




Este é  o único mamífero australiano que vive em ambientes alpinos. Sua população vem diminuindo severamente devido à fragmentação e destruição de seu habitat, por causa da construção de resorts e estações de esqui, principalmente.

Crocodilo Filipino




Este é um crocodilo de água doce relativamente pequeno, raramente ultrapassando 2,7 metros. É um réptil que habita lagos, lagoas, pântanos e outros corpos de água doce. Porém, seu habitat vem sendo convertido em plantações de arroz. Além disso, é alvo de pesca e de caça destrutiva, que usa dinamites como método para captura.

Íbis Eremita



Esta ave pensava-se estar extinta, até ser redescoberta no deserto sírio perto de Palmyra, em 2002, e também na região ocidental do Marrocos, no Parque Nacional de Souss-Massa e na região oriental da Turquia. As principais ameaças à esta espécie são a caça e o declínio de seu habitat.

Rã de Morelet



Esta rã pertence a uma das espécie das quais os cientistas preveem o declínio de mais de 80% nos próximos 10 anos. É uma espécie nativa do México e em algumas partes da América do Sul e é ameaçada, principalmente, pela destruição de seu habitat e por doenças causadas por infecção fúngica.


Antílope Branco (ou Óryx da Arábia)



Cientistas estimam que existem cerca de 300 indivíduos na vida selvagem criticamente *ameaçados. Sua população diminui expressivamente devido à caça, pressão antrópica por parte do turismo. Hoje em dia é encontrado somente em Niger, na África. [National Geographic].

*Sobre esse dado colhi mais recentemente informações de que haviam progredido para mil espécimes, o que daria uma alento à espécie quanto às suas chances de sobrevivência.


Fonte: Blogblux


sexta-feira, 27 de junho de 2014

Caçadores


Cernunos, antigo deus pagão dos caçadores. 
Tenho falado inúmeras vezes sobre a falta consciência dos modernos caçadores, mas sinto hoje que devo reparar um estigma que acaba por afetar a memória de todos os caçadores da antiguidade que foi totalmente subvertida! Os caçadores antigos eram preservacionistas! Escolhiam suas caças e a quantidade de abates por cada estação e por espécies. Não matavam filhotes, ou fêmeas prenhes, ou o macho dominante e líder de bando porque isso desestabilizaria o grupo, e significava que muito provavelmente os outros machos não estavam maduros para procriar. Ameaçando assim todo um ciclo de renovação da espécie! 

Pintura em uma caverna mostra a caçada
como um rito de integração com a terra.

Oravam às almas dos animais por proteção e misericórdia. Os viam como irmãos mais poderosos, e depois de abatê-los oravam sobre seus corpos pedindo que cedessem parte de sua força e de suas habilidades ao caçador. Essa crença se baseava na ideia de que o caçador ajudava a alma do animal a encontrar seu caminho no mundo espiritual, o que aliás era sua obrigação! Em troca receberia os dons da sua presa. Por isso que nas culturas xamânicas existem os chamados animais de poder, ou animal totem, que são representações das forças da natureza expressas nas qualidades de cada animal. Daí também vem o hábito dos xamãs em usarem as peles dos seus animais de poder, que eram na verdade seus guias no mundo espiritual, durante os rituais!
Sacerdote usando a pele do animal totem.
Mas e hoje? O que vemos são jovens geralmente ricos que fazem das caçadas um esporte elitizado em que os animais abatidos são parte de um espetáculo bizarro. Meros componentes sacrificais de uma ânsia primitiva por sangue. A consciência desses modernos caçadores em nada se parece com a dos antigos caçadores, pois não há respeito, e nem mesmo qualquer sentimento de integração! Alguns chegam a ser mesmo criminosos e subornam guardas florestais de países subdesenvolvidos para matar animais de grande porte ou raros! A consciência preservacionista dos antigos xamãs foi completamente esquecida. Os caçadores modernos são homens, na sua maioria, que procuram extravasar sua agressividade cada vez mais combatida no mundo moderno. O que também é um erro! Agressividade não é igual à violência. É sim uma energia que pode fazer com que as coisas “aconteçam”. O meio empreendedor e as artes marciais, por exemplo, podem ser um excelente veículo para canalizar essa agressividade, que a ao ser reprimida, aí sim vira violência! O caçador da atualidade é um criminoso, sem empatia com a dor dos seres vivos que ele designa como inferiores a ele simplesmente porque ignora a totalidade da vida. É basicamente um ignorante que se vê como um aristocrata, já que este é também um “esporte” caro! São meros matadores dando vazão aos seus instintos assassinos e sociopatas reprimidos, isto sim.

A beleza e a força do animal
eram integradas em ritos específicos! 


Os matadores modernos são os descendentes dos antigos xamãs caçadores e deveriam honrar essa ancestralidade caçando o convívio e não a vida, capturando imagens e experiências e não troféus, para que possam trocá-las com os mais jovens. Ensinando-lhes sobre a existência em comunhão com o planeta que nos sustenta, e o valor da vida selvagem. Esperamos todos ansiosamente pela chegada do novo caçador xamã!

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Prepare-se para o Seu Coração Derreter

Vídeo lindo que recebi pelo Facebook e não pude deixar de compartilhar com todos lá e agora com vocês aqui! Uma viagem pela ternura do mundo animal. 
Não deixe de acessar o link logo abaixo deste lindo texto que também constava com a postagem, e colabore compartilhando também esta ideia!
Um grande abraço a todos!

Prepare-se para o seu coração derreter.

Porque eles nos trazem alegria. 
Porque eles estão à nossa mercê. 
Porque eles nos ensinam bondade. 
E compaixão. 
E compreensão.
Porque eles não têm voz.
Porque eles não nos desejam mal.
Porque eles são nossos companheiros.
E porque todos nós somos animais.
Nós nunca deixaremos de ser uma voz, para eles.

Ajude-nos a criar um mundo mais amável para os animais:
www.bit.ly/vo2Aco

Video via TheHumpyObserver
Music: The Time To Run (Finale) by Dexter Britain — com Kim Squires, Peter Squires, Lindsay Rice e outras 29 pessoas.



quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

O Gato e a Espiritualidade

Achei o texto no Facebook na página Uipa Sp, achei o texto lindo e muito interessante e decidi compartilhar com meus leitores! Um abraço a todos!


Quem não se relaciona bem com o próprio inconsciente não topa o gato. Ele aparece, então, como ameaça, porque representa essa relação precária do homem com o (próprio) mistério. O gato não se relaciona com a aparência do homem. Ele vê além, por dentro e pelo avesso. Relaciona-se com a essência. Se o gesto de carinho é medroso ou substitui inaceitáveis (mas existentes) impulsos secretos de agressão, o gato sabe. E se defende do afago. A relação dele é com o que está oculto, guardado e nem nós queremos, sabemos ou podemos ver. Por isso, quando surge nele um ato de entrega, de subida no colo ou manifestação de afeto, é algo muito verdadeiro, que não pode ser desdenhado. É um gesto de confiança que honra quem o recebe, pois significa um julgamento. O homem não sabe ver o gato, mas o gato sabe ver o homem. Se há desarmonia real ou latente, o gato sente. Se há solidão, ele sabe e atenua como pode, ele que enfrenta a própria solidão de maneira muito mais valente que nós. Nada diz, não reclama. Afasta-se. Quem não o sabe "ler" pensa que "ele" não está ali. Presente ou ausente, ele ensina e manifesta algo. Perto ou longe, olhando ou fingindo não ver, ele está comunicando códigos que nem sempre (ou quase nunca) sabemos traduzir. O gato vê mais e vê dentro e além de nós. Relaciona-se com fluídos, auras, fantasmas amigos e opressores. O gato é médium, bruxo, alquimista e parapsicólogo. É uma chance de meditação permanente a nosso lado, a ensinar paciência, atenção, silêncio e mistério. O gato é um monge silencioso, meditativo e sábio monge, a nos devolver as perguntas medrosas esperando que encontremos o caminho na sua busca, em vez de o querer preparado, já conhecido e trilhado. O gato sempre responde com uma nova questão, remetendo-nos à pesquisa permanente do real, à busca incessante, à certeza de que cada segundo contém a possibilidade de criatividade e de novas inter-relações, infinitas, entre as coisas. O gato é uma lição diária de afeto verdadeiro e fiel. Suas manifestações são íntimas e profundas. 
Exigem recolhimento, entrega, atenção. Desatentos não agradam os gatos. Bulhosos os irritam. Tudo o que precise de promoção ou explicação quer afirmação. Vive do verdadeiro e não se ilude com aparências. Ninguém em toda natureza aprendeu a bastar-se (até na higiene) a si mesmo como o gato! Lição de sono e de musculação, o gato nos ensina todas as posições de respiração ioga. Ensina a dormir com entrega total e diluição recuperante no Cosmos. Ensina a espreguiçar-se com a massagem mais completa em todos os músculos, preparando-os para a ação imediata. Se os preparadores físicos aprendessem o aquecimento do gato, os jogadores reservas não levariam tanto tempo (quase 15 minutos) se aquecendo para entrar em campo. O gato sai do sono para o máximo de ação, tensão e elasticidade num segundo. Conhece o desempenho preciso e milimétrico de cada parte do seu corpo, a qual ama e preserva como a um templo. Lição de saúde sexual e sensualidade. Lição de envolvimento amoroso com dedicação integral de vários dias. Lição de organização familiar e de definição de espaço próprio e território pessoal. Lição de anatomia, equilíbrio, desempenho muscular. Lição de salto. Lição de silêncio. Lição de descanso. Lição de introversão. Lição de contato com o mistério, com o escuro, com a sombra. Lição de religiosidade sem ícones. Lição de alimentação e requinte. Lição de bom gosto e senso de oportunidade. Lição de vida, enfim, a mais completa, diária, silenciosa, educada, sem cobranças, sem veemências, sem exigências. O gato é uma chance de interiorização e sabedoria, posta pelo mistério à disposição do homem." O gato é um animal que tem muito quartzo na glândula pineal, é portanto um transmutador de energia e um animal útil para cura, pois capta a energia ruim do ambiente e transforma em energia boa, -- normalmente onde o gato deita com frequência, significa que não tem boa energia-- caso o animal comece a deitar em alguma parte de nosso corpo de forma insistente, é sinal de que aquele órgão ou membro está doente ou prestes a adoecer, pois o bicho já percebeu a energia ruim no referido órgão e então ele escolhe deitar nesta parte do corpo para limpar a energia ruim que tem ali. Observe que do mesmo jeito que o gato deita em determinado lugar, ele sai de repente, poi ele sente que já limpou a energia do local e não precisa mais dele. O amor do gato pelo dono é de desapego, pois enquanto precisa ele está por perto, quando não, ele se a afasta. No Egito dos faraós, o gato era adorado na figura da deusa Bastet, representada comumente com corpo de mulher e cabeça de gata. Esta bela deusa era o símbolo da luz, do calor e da energia. Era também o símbolo da lua, e acreditava-se que tinha o poder de fertilizar a terra e os homens, curar doenças e conduzir as almas dos mortos. Nesta época, os gatos eram considerados guardiões do outro mundo, e eram comuns em muitos amuletos. "O gato imortal existe, em algum mundo intermediário entre a vida e a morte, observando e esperando, passivo até o momento em que o espírito humano se torna livre. Então, e somente então, ele irá liderar a alma até seu repouso final." 




Fonte: The Mythology Of Cats, Gerald & Loretta Hausman

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Um Milagre no Japão


Inspirador a história do senhor Izumi Ishii de 66 anos mostrada neste domingo, dia 16/02/2014, pelo programa Fantástico! Ele é um ex caçador de golfinhos que um dia "desperta" e decide trocar a matança pela denúncia e o turismo na enseada de Ito, no Japão, onde todo inverno centenas de golfinhos são mortos. Disse que essa consciência despertou quando percebeu que os animais eram mortos em quantidades muito maiores que a quota permitida! 
Criou até um instituto para dar outras opções de trabalho para os pescadores que quisessem deixar a atividade! Comovente foi quando ele relata que até hoje ouve os sons que os golfinhos faziam ao serem caçados! O senhor Izumi é um exemplo de ser humano que vale a pena ser seguido e divulgado!

Era Uma vez... Marius!


É simplesmente revoltante o modo como nós, ditos seres civilizados lidamos com a vida de outros seres vivos neste planeta. Um Zoo da Dinamarca sacrifica uma girafa filhote de um ano e meio de idade que é morta a tiros e depois retalhada na frente do público, inclusive de crianças, e partes do seu corpo foram atirados aos leões! O diretor do Zoo disse que os genes do animal eram muito parecidos com os de outros em cativeiro e que isso poderia criar proles cada vez mais fracas e doentes se cruzassem. Disse também que pensaram em doar para outros zoológicos do país, mas que todos os animais lá eram parentes da jovem girafa conhecida como Marius. 
Um Zoo sueco quis comprá-lo ao que os dirigentes dinamarqueses disseram que não têm por política vender seus animais, mesmo em face de ofertas milionárias, segundo eles! Então sua política é a de tirar uma vida covardemente e depois transformá-la num show macabro para crianças? Algum deles pensou no que isso pode criar na cabeça desses jovens assistindo uma coisa dessas? Marius foi tratado com indiferença e sem nenhuma dignidade, foi apenas mais uma peça que de repente não coube mais na política da instituição! Vergonhoso! Nojento! E me pergunto: até quando isso parecerá um ato corriqueiro para a maioria da opinião pública???

Leia mais: Fantástico & UOL