quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Girafas Ameaçadas?

O mamífero terrestre mais alto do mundo está em risco de extinção. A girafa foi colocada na lista vermelha dos animais ameaçados após sofrer um declínio de 40% de sua população nos últimos 30 anos. Anteriormente, a espécie era classificada como de "menor preocupação". Agora, passa para a categoria de "vulnerável".
De acordo com a IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), que elabora a lista vermelha, a população de girafas despencou de 157 mil para 97 mil entre 1985 e 2015. Das nove subespécies de girafa, cinco possuem populações decrescentes, três tiveram aumento de população, e uma está em nível estável.
O novo relatório da organização foi divulgado nesta quinta-feira (8) durante a Cúpula da Biodiversidade, realizada em Cancún, no México. De 85.604 espécies analisadas, 24.307 estão sob perigo de serem extintas. 
Xodós de visitantes de zoológicos ao redor do mundo, as girafas sofrem em seu habitat natural, principalmente nas savanas africanas. O aumento populacional de países da África, a expansão da agricultura, o desmatamento, a caça ilegal e o impacto das guerras civis são apontados como fatores que estão empurrando o animal para o desaparecimento.
"Enquanto as girafas são comumente vistas em safaris, zoológicos e na mídia, as pessoas, incluindo os conservacionistas, não sabem que estes majestosos animais estão passando por uma extinção silenciosa", disse Julian Fennessy, co-presidente da IUCN.

Pássaros recém-descobertos estão ameaçados

A IUCN analisou a população de mais de 700 novas espécies de aves. De acordo com a lista, 11% delas está sob ameaça de extinção. Treze espécies identificadas recentemente, todas endêmicas em ilhas, já estão extintas. 
 
A perda de habitat para a agricultura e a degradação do ambientes naturais causada por plantas invasoras são fatores que pressionam as aves para o desaparecimento. O passarinho da Antioquia (Thryophilus sernai), por exemplo, pode ter metade de seu habitat destruído pela construção de uma barragem. 
 
O papagaio-cinzento africano (Psittacus erithacus), que possui a capacidade de imitar a fala humana, também pode desaparecer na natureza em breve. A ave passou da categoria de "vulnerável" para "em perigo" devido à caça ilegal e a perda de habitat. Estudos mostram que em algumas partes da África a população do pássaro sofreu queda de 99%. 

Fonte: UOL 

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Uma Lenda Budista sobre Gatos


Para o budismo, os gatos representam a espiritualidade. São seres iluminados que transmitem calma e harmonia e, por isso, costuma-se dizer que quem não se relaciona bem com seu inconsciente nunca chega a se conectar por completo com um gato, nem tampouco entenderá seus mistérios.
A verdade é que ninguém se surpreende ao saber que a figura desses animais está unida ao budismo. Tanto é assim que na Tailândia existe uma lenda sagrada que transcendeu o tempo para converter os gatos em seres únicos de paz e íntima união, havendo vários em muitos templos dos países asiáticos. É por isso que é tão comum ver tantos gatos dormindo e enrolados nos braços das múltiplas estátuas sagradas de Buda e outros temas que enfeitam os jardins dos santuários.
Os gatos veem muito além de nossos sentidos. Entre suas horas de sonecas e seus momentos de brincadeiras e exploração, olham nossas almas com seu olfato refinado. Aliviam tristezas e nos preenchem com seus nobres e reluzentes olhares.
Frequentemente costuma-se dizer que ter um cachorro é ter o companheiro mais fiel que pode existir. Isso é totalmente certo. Mesmo assim, quem conhece o caráter de um gato sente que a conexão é mais íntima e profunda, e por isso diversos monges budistas como o mestre Hsing Yun falam do poder curativo desse animal. Convidamos você a descobrir-lo conosco.

Uma lenda budista sobre os gatos originária da Tailândia


Em primeiro lugar temos que saber algo muito importante. O budismo não está organizado em uma hierarquia vertical, como já sabemos. A autoridade religiosa descansa sobre os textos sagrados, mas, por sua vez, existe uma grande flexibilidade em seus próprios enfoques. A lenda que vamos mostrar tem suas raízes em uma escola específica: a do budismo theravada, ou o budismo da linhagem dos antigos.
Foi na Tailândia e dentro desse contexto que foi escrito “O livro dos poemas do gato”, ou o Tamra Maew, conservado hoje em dia na biblioteca Nacional de Bangkok como um autêntico tesouro que deve ser preservado. Em seus antigos papiros se pode ler uma encantadora história que conta que quando uma pessoa havia alcançado os níveis mais altos de espiritualidade e falecia, sua alma se unia placidamente ao corpo de um gato.
A vida poderia ser então muito curta, ou o quanto a longevidade felina permitisse, mas quando chegava o fim essa alma sabia que subiria para um plano iluminado. O povo tailandês daquela época, conhecendo essa crença, mantinha também outra curiosa prática…
Quando um familiar falecia, enterrava-se a pessoa em uma cripta junto com um gato vivo. A cripta tinha sempre um espaço por onde o animal poderia sair, e quando o fizesse tinham por certo que a alma do ser amado já estava no interior daquele nobre gato… Deste modo, alcançava a liberdade e esse lugar de calma e espiritualidade capaz de preparar a alma para o caminho posterior, o caminho de ascensão.

Os gatos e a espiritualidade

Dizem que os gatos são como pequenos monges capazes de trazer a harmonia a qualquer lugar. Para a ordem budista de Fo Guang Shan, por exemplo, são como pessoas que já alcançaram a iluminação.
Os gatos são seres livres que bebem quando têm sede, que comem quando têm fome, que dormem quando sentem sono e que fazem o que deve ser feito a cada momento sem necessidade de agradar ninguém.
Não se deixam levar pelo ego, e algo especial desses animais segundo esse ramo do budismo é que os gatos aprenderam a sentir o que vem do homem desde eras muito antigas na história do tempo. No entanto, as pessoas ainda não aprenderam a sentir o gato no presente.
São leais, fiéis e afetuosos, e suas demonstrações de carinho são íntimas e sutis e, ainda assim, tremendamente profundas. Só aqueles que sabem olhar para o seu interior com respeito e dedicação entenderão o seu amor inquebrável, mas as pessoas que são desequilibradas ou que frequentemente elevam sua voz para gritar jamais serão do agrado dos gatos.
Para concluir, sabemos que não é preciso recorrer aos textos budistas para entender que os gatos são especiais, que seus olhares nos transportam para universos introspectivos, que com suas estranhas posturas nos convidam a praticar a ioga, que são um exemplo de elegância e equilíbrio… Queremos o bem desses animais e até os veneramos e, ainda que eles mesmos se acreditem autênticos deuses lembrando quem sabe de seus dias no Antigo Egito, permitimos que eles sejam orgulhosos.
Todos temos nossas próprias histórias com esses animais, momento inesquecíveis que nos permitiram aproveitar pequenos instantes cheios de magia e autenticidade. Esses que seguramente serviram de inspiração para criar essa charmosa lenda budista que ficou impressa em tinta, papel e misticismo. A mesma que hoje nós queríamos contar e compartilhamos em nosso espaço com você.

Fonte: Revista Pazes  

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

À Terra Sagrada...

Encontrei isso no Facebook compartilhado por uma amiga da página de outra amiga... E achei simplesmente bárbaro! Depois de um 2015 onde vimos a cidade histórica de Mariana em Minas Gerais ser devastada por pura irresponsabilidade e cobiça, e ainda ver sua tragédia ser usada para pedir mais dinheiro que será desviado pela corrupção ululante que toma conta de nosso país...! 
Achar este texto me fez refletir sobre o fato de que nos falta mesmo é uma conexão mas sacra com a Terra. Os povos que hoje chamamos de primitivos aprenderam a sobreviver da natureza sem destruí-la porque a viam como sagrada, e viam a si mesmos como parte dela. Hoje num tempo e num mundo em que nada mais é sagrado, e em que usufruir as coisas é mais importante do que conhecê-las e preservá-las, faz-se urgente que nos conscientizemos como sendo parte da Terra, e de nos lembrar de que ela é sagrada sim, porque é a origem e a força mantenedora da vida! Leiam! Reflitam! Compartilhem!


"Não, quanto mais velha eu fico mais eu acho que acertei. Depois, temos sete bilhões de pessoas no mundo e um bilhão e duzentos milhões no perrengue. Eu tenho muitos deuses, sou politeísta. Tem uma frase do Álvaro de Campos que eu acho que foi feita pra mim: ergo em cada canto de minha alma um altar a um deus diferente. Eu vejo que as pessoas tem uma ideia muito de gente de deus. “Deus é fiel”. Fiel? Fiel é um adjetivo que fizeram pra gente, deus não cabe em um adjetivo que fizeram pra gente. Vai se foder, deus é fiel! “Deus é bom”. Não cabe. Não é. Deus é tsunami. Deus é geleira despencando, Deus é tempestade de neve, Deus é tempestade de areia. As religiões nos atrapalharam muito. O que essas religiões fizeram? Fora o budismo. O cristianismo, eu adoro Cristo, mas Cristo só trata do homem. E a floresta, que é nossa irmã? E a pedra, que é nossa irmã? E o cavalo? E o rato? E o vírus da Aids? E o Tubarão? São todos nossos irmãos. Então, na realidade, o que nós fizemos? Botamos um monte de coisa pro homem fazer e esquecemos do tempo em que a terra era sagrada. No tempo em que a floresta era sagrada, você pedia licença para tirar uma folha. Nos tempos em que o mar era sagrado, para os gregos era Poseidon, para os romanos Netuno, para os africanos Iemanjá, você não poluía o mar, né? No tempo em que o raio era sagrado, para os africanos Iansã, o trovão, Xangô, na hora em que a deusa raia e o deus trovão se encontram, tem a trepada do céu com a terra! E aí tem o orgasmo, que é a chuva, e a terra germina. Isso é sagrado! Agora nós… No sábado não pode fazer isso, porque segunda não sei o quê! Meu deus do céu! Esquecemos a mãe natureza! E essa profanação, gente?" 


Elke Maravilha.