segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Pantera Nebulosa de Taiwan... Não Existe Mais?

Um exemplar empalhado encontrado no Museu Nacional de Taiwan pode ser o que sobrou da subespécie pantera-nebulosa-de-formosa. Um estudo que será publicado nos próximos meses no jornal especializado em conservação Oryx afirma que não é mais possível encontrar a subespécie de pantera-nebulosa (também chamada de leopardo-nebuloso), que seria endêmica a Taiwan. As informações são da Agência Central de Notícias do país.





Um time de zoologistas de Taiwan e dos Estados Unidos tentou durante 13 anos achar um espécime na ilha. "Existe uma pequena chance de que o leopardo-nebuloso ainda exista em Taiwan. Pode haver alguns deles, mas nós não achamos que eles existam em números significantes", diz o especialista Chiang Po-jen à imprensa local na segunda-feira.

Os pesquisadores vasculharam três florestas que seriam habitat do felino. Eles utilizaram 1,5 mil câmeras infravermelhas e armadilhas, mas não conseguiram registrar o animal.



A conclusão do time é que o felino foi extinto devido à caça e destruição de habitat promovida pelo desenvolvimento humano. Os cientistas chamaram o resultado de "decepcionante".

Kuan Li-hao, chefe do Conselho de Agricultura do Bureau de Florestas de Taiwan, afirma que após a publicação do artigo, as autoridades irão verificar a informação e decidir se a espécie deverá sair da lista de proteção.




Existem duas espécies de leopardo-nebuloso, sendo que ambas vivem na Ásia e são consideradas "vulneráveis" à extinção: Neofelis nebulosa Neofelis diardi . A pantera-nebulosa-de-formosa era uma subespécie da primeira.
Fonte: Terra 

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Ameaça às Florestas de Borneo

Floresta de Borneo, beleza e diversidade biológica ameaçada.


O Greenpeace lançou nesta semana o relatório "Queimando Borneo" (arquivo em PDF para baixar, texto em inglês), expondo os impactos negativos da produção de dendê para as florestas da Indonésia e para os orangotangos que vivem na região. De acordo com o relatório, a Unilever, a empresa por trás de algumas das marcas mais conhecidas do mundo, como a Dove, contribui com o panorama de destruição, já que compra dendê - matéria-prima do sabonete Dove - de fornecedores que destroem as florestas alagadas de turfa para cultivar a palmácea. Esses ecossistemas não são importantes apenas para os orangotangos e outras espécies ameaçadas, mas também para a estabilidade do clima, pois estocam grandes quantidades de carbono.
"É uma loucura continuar destruindo nossas florestas para produzir dendê", disse Hapsoro, da campanha de Florestas do Greenpeace no Sudeste da Ásia. "Uma das demandas que temos feito repetidamente é para que o governo da Indonésia declare uma moratória na conversão de florestas e de solos de turfa para o plantio de dendê. Estamos destruindo nosso patrimônio ambiental para fabricar sabonetes e shampoos. Traders e consumidores de óleo de dendê devem parar de comprar matéria-prima de empresas envolvidas com a destruição florestal".


Quatro décadas de alterações no coberto florestal do Bornéu.
Floresta (verde escuro) e não-floresta (branco), no ano 1973,
e nuvens residuais (azul ciano) no Painel A.
Áreas desflorestadas entre 1973 e 2010 (vermelho). Fonte: pt.mongabay.com

A devastação das florestas na Indonésia está acontecendo em um ritmo muito maior do que em qualquer outro lugar do mundo, tornando o país o terceiro maior emissor de gases do efeito estufa do planeta.
Este vídeo faz parta da campanha do Greenpeace sobre exploração indiscriminada da floresta nesta ilha da Indonèsia:

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Sobre a Raridade dos Leões de Juba Preta

O Leão Cecil, morto por um dentista norte americano que caçava no Zimbábue, ficou famoso não só pelo modo idiota e covarde com que foi caçado, mas também por pertencer a uma rara espécie de leão que está desaparecendo rapidamente do mundo, o leão de juba preta!

Já houve leões de juba preta? 
Onde eles viveram?



Sim, já houve leões com juba preta. O último exemplar, da raça Panthera leo leo, morreu no Marrocos, em 1920. Houve também uma outra subespécie, conhecida como leão do Cabo (Panthera leo melanochaita), que habitava a região do extremo sul do continente africano. Mas ela também foi exterminada, em 1865. Eles eram muito bonitos: a juba preta caía sobre o peito, ombro e patas dianteiras. Por isso, foram caçados impiedosamente até a extinção.
Hoje, só existem os leões comuns (Panthera leo), de juba da mesma cor que o corpo. Um pequeno grupo deles ainda habita a Índia e a África, onde vivem protegidos em parques nacionais por estarem ameaçados pela expansão da pecuária, que expulsa antílopes e zebras, suas presas favoritas. No passado esses felinos habitaram outras regiões, de onde também desapareceram. Há milhares de anos, chegaram a viver até na Europa. Mas o avanço das florestas sobre as estepes, o hábitat preferido desses animais, fez com que perdessem seu espaço vital até se extinguir. O mesmo ocorreu na Grécia Antiga, de onde os leões sumiram durante o segundo século antes da era cristã. 

Fonte: Faiçal Simon, do Zoológico de São Paulo