A terceira idade da cultura Maia, também conhecida como Quiché, era composta basicamente de agricultores guiados estritamente pelos ciclos lunares e seu culto. Tinham o jaguar como a grande deusa lua-terra. Ele representava as forças ctônicas e da escuridão devido a seus hábitos noturnos e fugidios. A terra também era, na concepção Maia, aquela que engolia o sol todos os dias.
O jaguar era tido como uma entidade tanto terrestre quanto celeste, pois a linha do horizonte era para o povo Maia a enorme boca de um jaguar engolindo o disco solar e o vomitando todos os dias pela manhã. O xamã de maior destaque entre os antigos Maias era chamado justamente de sacerdote jaguar.
O jaguar era tido como uma entidade tanto terrestre quanto celeste, pois a linha do horizonte era para o povo Maia a enorme boca de um jaguar engolindo o disco solar e o vomitando todos os dias pela manhã. O xamã de maior destaque entre os antigos Maias era chamado justamente de sacerdote jaguar.
Para os povos indígenas do Brasil o jaguar é chamado de onça. Para os Tupinambás o jaguar (onça) é uma entidade celeste com duas cabeças que engole ora o sol, ora a lua. Explicando assim os eclipses. Segundo eles no fim do mundo uma grande onça desceria dos céus fazendo do homem sua presa. Uma antiga lenda conta que uma onça tendo visto sua família toda sendo dizimada por um caçador humano subiu numa árvore e pediu ajuda ao sol e a lua. O sol não lhe deu ouvidos, mas a lua o acolheu e protegeu, e desde então a onça (jaguar) é um animal de hábitos noturnos.
Pois é, parece que nem mesmo a proteção da deusa lua parece estar conseguindo dar conta de proteger a onça brasileira da canalhice humana! O animal tem sido caçado de modo impiedoso e muitas vezes por causa não só da falta de consciência, mas também pela corrupção humana! O golpe mais recente que esta espécie ameaçada de extinção sofreu foi denunciado pelo Jornal Nacional no dia 06/05/2011. *Foi mostrado um vídeo feito na fazenda Santa Sofia, de propriedade de Beatriz Diacópulos Rondon, neta do Marechal Cândido Rondon. Essa fazenda, considerada até então reserva particular do patrimônio ambiental, era na verdade uma estação de caça ilegal onde esta canalha chegava a cobrar US$ 30 mil por uma “licença”. O grupo de caça no vídeo era liderado por Antônio Theodoro de Melo Neto, o Tonho da onça, que se dizia regenerado após ter matado algo por volta de 600 onças. Atualmente ele está foragido da polícia.
Beatriz Diacópulos, a falsa protetora...
A própria Beatriz apareceu num documentário da National Geographic onde se dizia uma protetora da espécie!... A “protetora” ao fim de cada caçada oferecia aos seus hóspedes criminosos um coquetel feito de cachaça e sangue de onça! O mais doloroso dessa história macabra é que Beatriz não pode ser presa porque não foi pega em flagrante! O absurdo da lei brasileira é que alimenta crimes contra um patrimônio de todos nós! O mais irônico é que quem declarou a impossibilidade da prisão dessa criminosa ambiental, foi justo Luciano Evaristo, diretor de proteção ambiental do IBAMA. A fazendeira foi multada em irrisórios R$ 105 mil. A onça é o felino com a mordida mais poderosa dentre todos! E sua linda pelagem é muito cobiçada! A coloração pode variar do amarelo ouro com manchas negras imitando constelações, até um denso castanho que se faz parecer negro de longe, com manchas mais escuras que só podem ser vistas ao sol. Esse animal formidável ameaçado de extinção precisa de muito mais enpenho do que tem recebido do governo brasileiro para continuar existindo e enriquecendo o patrimônio natural do Brasil.
* O vídeo é de tal maneia sórdido que nos negamos a mostrar aqui. Os interessados podem procurar no YouTube.